
Uma solução definitiva e rápida para reconstrução da ponte sobre o Arroio São Miguel, na beira do rio. Este foi o tema central da reunião realizada na manhã de hoje na Câmara. O encontro, proposto pelos vereadores Marcelo Cardona (PP), Laureno Renner (PSB) e Marcos Gehlen (PT), elucidou alguns pontos técnicos referentes à obra, mas frustou os participantes -moradores e empresários - quanto ao prazo de conclusão.
Segundo a secretária de Obras, Karina Daudt, que representou o Executivo na reunião e esteve acompanhada do engenheiro Gustavo Colombo, somente agora conseguiram obter três orçamentos para elaboração do projeto, número mínimo previsto na Lei de Licitações. "Esta obra exige especialidade e não há muitos profissionais disponíveis no mercado. Também as empresas não têm interesse em assumir o projeto, pois ficam impedidas de participar da execução", argumentou. "Agora vamos optar pelo melhor orçamento e iniciar a elaboração do projeto. Acredito que em 50 dias esta fase estará encerrada, quando então será aberto o processo de licitação para a execução da obra".
Questionada sobre o porquê da construção da ponte não ser considerada emergencial, explicou que a Procuradoria Jurídica não entende desta forma, pois já havia um processo aberto, desde o ano passado, tratando de reparos nas cabeceiras. "O que caracteriza o emergencial é a falta de expectativa do fato. Mas nós sabíamos dos problemas que a ponte apresentava. Tanto que havia processo aberto para restaurar as cabeceiras", declarou Karina.
Os moradores e empresários presentes à reunião, entre eles o diretor da Tanac SA, Otávio Decusati, manifestaram-se pedindo mais agilidade. Segundo eles, a recuperação da ponte é um caso de emergência sim, porque afeta as famílias, escolas e empresas situadas ali próximas, bem como prejudica trabalhadores e estudantes de outras partes da cidade que precisam utilizar aquela via. "Não podemos acreditar que seja necessário um ano para construir a ponte. Muito menos aceitar que toda aquela região da cidade seja prejudicada. Não só economicamente, mas sobremaneira no que diz respeito à segurança, já que para chegar em casa, no trabalho ou na escola, é preciso usar um caminho mais longo", justificaram.
Ficou acertado que será agendada uma audiência no gabinete do prefeito a fim de solicitar agilidade no processo de construção da ponte. "Vamos pedir que a questão da emergencialidade seja revista", frisou Cardona. Se a obra for considerada emergencial poderá ser executada mais rapidamente, já que nestes casos há dispensa de licitação.